Imagino que você já tenha escutado as frases “o mundo é feito de boas ideias” e “boas ideias movem o mundo”. Pois bem, são bastante inspiradoras, mas fato é: todo mundo consegue ter boas ideias! A diferença está em quem decide concretizá-las. E como transformar estas boas ideias em um novo modelo de negócio que faça sentido? Este é, provavelmente, um dos maiores desafios de um empreendedor no inovador mundo das startups.

Neste contexto nasceu o Startup Weekend, um evento que acontece periodicamente em 95 países e surgiu para dar aquele empurrãozinho inicial no novo empreendedor. São 54 horas em um único final de semana, totalmente dedicadas ao lançamento de uma startup. Isso mesmo, em poucas horas os participantes são guiados por mentores, assistem a palestras e têm o desafio de se organizarem em pequenas equipes e colocarem sua ideia inovadora de negócio no ar – testada e validada pelo mercado. É uma experiência intensa, que cai como uma luva para empreendedores de primeira viagem.

Você que é inteligente, criativo e inovador, que tem uma ideia e vontade grande de empreender, mas não sabe por onde começar, te digo uma coisa: você precisa se inscrever neste evento!

E se você nunca tinha ouvido falar sobre ele, ou já ouviu mas quer saber mais a respeito, preparamos esta entrevista com a equipe que mais se destacou na 6ª edição do Startup Weekend Brasília. Nela eles contam um pouco de suas experiências neste final de semana cheio de aprendizado, inovação e muita criatividade.

1. Como vocês ficaram sabendo do Startup Weekend?

Através de amigos e pelos posts do Facebook. Vale contar que um dos integrantes do time, o Rafael, participou do Startup Weekend em Dublin ano passado.

2. Por que vocês “abriram mão” de um final de semana com a família e amigos para, literalmente, trabalhar durante 54 horas?

É sempre bom saber o que está rolando no mercado, eventos assim são propícios para ideias criativas e muita inovação. Foi um final de semana de grande aprendizado e os resultados para a equipe foram os melhores possíveis.

3. Certamente vocês já haviam pesquisado sobre o que era o evento e qual o seu objetivo, mas ao participarem, algo mudou em relação a sua percepção sobre ele?

O evento superou as expectativas pois é extremamente bem produzido, o que facilita a nossa vida na hora de criar e definir planos de ação para nossa Startup.

4. Como funciona o evento na prática? Qual a programação durante os 3 dias?

Passamos por um processo de Pitch, em que as melhores ideias foram escolhidas pelo público do evento e então evoluídas em grupo. Com o grupo formado, passamos por um processo de ideação, planejamento estratégico, com a construção de um canvas e finalmente, a validação do problema e do MVP. Todos esses insumos são consolidados em uma proposta de produto que apresentamos em um pitch final. Graças ao trabalho do grupo e um pouquinho de ousadia deu tudo certo pra gente.

5. Como ocorreu a formação da equipe? O grupo já se conhecia?

Tentamos montar um grupo bem plural, nele temos a Gabi Neves que é UX designer, o Rafael Silva que é designer, Vilton Brito que é estrategista de conteúdo, dois caras de negócios que são o Luis Felipe Rocha e o Herif Batista, além do Ricardo Stefanelli que é programador.

A relação foi facilitada pois eu já sou amigo do Rafa há muitos anos e a Gabi já havia trabalhado com o Rafa, na mesma agência que estou hoje. O Herif é meu primo e o Luis já conhecia o Ricardo de outros eventos. Portanto o grupo é uma grande união de networking. E o fato de termos um grupo multidisciplinar ajudou muito na evolução da ideia.

6. Como surgiu o produto e modelo de negócio? Ele já existia na cabeça de algum integrante do grupo ou foi criado durante o final de semana?

A ideia já existia na cabeça do Rafael, ele fez um pitch muito legal o que motivou a galera a abraçar a ideia. O produto foi melhor modelado durante o evento, lá vimos algumas oportunidades de aplicação e de validação da ideia. O plano de negócios foi fundamental para que a ideia fosse exequível.

7. Durante todo o processo, houve alguma mudança em relação a ideia inicial?

Não tivemos que pivotar a startup, apenas adequar algumas regras de uso e plano de negócios para que a ideia fosse possível de ser lançada.

8. Sabemos que muitas vezes existe um grande “caso de amor” entre a ideia inicial e seu criador, o que torna o processo de reformulação do modelo de negócio mais difícil do que deveria. Caso tenham pivotado, foi difícil o processo pra vocês?

Não foi necessário pivotar, mas o grupo estava focado em fazer o melhor para que o produto fosse útil e o Rafa (idealizador) sempre foi aberto a adequações.

9. Vocês pretendem continuar o projeto? Quais os planos para o futuro?

Sim, já tivemos algumas propostas de parcerias, mas estamos focados em organizar melhor o grupo e definir objetivos mais consolidados.

10. Qual o maior aprendizado que tiveram durante o final de semana todo?

Persistência. Tivemos grandes desafios minutos antes do Pitch final, mas não deixamos que isso nos abalasse, fomos pra cima e montamos uma apresentação cheia de confiança, afinal, sabemos do potencial do nosso produto.

11. Uma única dica para os empreendedores de plantão que tem uma ideia e querem desenvolvê-la.

Correr atrás e não desistir, a internet está cheia de materiais importantíssimos que podem ajudar no começo.